sexta-feira, agosto 19, 2005

Message in a Bottle II

6 de Março de 1994
Minha Querida Catherine
Onde estás tu? E porque razão, interrogo-me sentado sozinho numa casa escurecida, como fomos forçados a separar-nos?
Não conheço as respostas para estas perguntas, por mais que me esforce por compreender.A razão é evidente, mas a minha mente obriga-me a rejeitá-la e sou atormentado pela ansiedade durante todas as minhas horas de vigilia. Sinto-me perdido sem ti. Sinto-me sem alma, um vagabundo sem casa, um pássaro solitário em voo para lado nenhum. Sinto todas essas coisas, e não sou absolutamente nada. Esta, meu amor, é a minha vida sem ti. Anseio por que tu me mostres como viver de novo.
Tento lembrar-me de como éramos em tempos, no convés ventoso do Happenstance. Lembras-te como trabalhámos nele juntos? Tornámo-nos numa parte do oceano enquanto o reconstruíamos, porque ambos sabíamos qu tinha sido o oceano que nos tinha juntado. Era em alturas como essas que eu compreendia o sentido da verdadeira felicidade. À noite, velejávamos sobre a água enegrecida e eu contemplava o luar reflectindo a tua beleza. Olhava para ti com espanto e sabia no meu coração que estaríamos juntos para sempre. É sempre assim, pergunto-me, quando duas pessoas estão apaixonadas? Não sei, mas se a minha vida desde que te tiraram de mim serve de alguma indicação, então penso saber as respostas. A partir de agora, sei que estarei sozinho.
Penso em ti, sonho contigo, invoco-te quando mais preciso de ti. É tudo o que posso fazer, mas para mim não é o suficiente. Nunca será o suficiente, eu sei isso, mas que mais me resta fazer? Se aqui estivesses, dir-me-ias, mas até isso me roubaram. Tu sabias sempre as palavras certas para apaziguar a dor que sentia. Tu sempre soubeste como fazer para que eu me sentisse bem por dentro.
É possivel que saibas como eu me sinto sem ti? Quando sonho, gosto de pensar que sim. Antes de nos termos encontrado, atravessava a vida sem sentido, sem razão. Sei que, de alguma maneira, todos os passos que dei desde o momentoem que comecei a andar eram passos dirigidos ao teu encontro. Estávamos destinados a encontrarmo-nos.
Mas agora, sozinho na minha casa, comecei a perceber que o destino pode magoar uma pessoa tanto quanto a pode abençoar, e dou por mim a perguntar-me porque razão - de todas as pessoas do mundo inteiro que alguma vez poderia ter amado - tinha de me apaixonar por alguém que foi levada para longe.

Garret

3 comentários:

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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